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domingo, 5 de outubro de 2008

PREVENÇÃO DE RECAÍDA E MANUTENÇÃO DO TRATAMENTO


Diversas maneiras : freqüentar grupos de mútua ajuda, cuidar melhor da alimentação, praticar exercícios físicos, lidar com sentimentos, trabalhar lado espiritual, procurar verbalizar sentimentos com assertividade, fazer reparações à quem foi prejudicado por seus atos, etc ...

Estudos constatam :
1ª - primeiros 3 meses maior chance de recaída
2ª - chances de forma geral são 50-50
3ª - não é fim do mundo – parte natural de ciclo – um degrau a mais

O que è a Prevenção de Recaída ?
Técnicas e abordagens, cognitivas e comportamentais. Modelo teórico : G. Alan Marlatt / 1985.

Objetivo : mudar um hábito auto-destrutivo e manter esta mudança.

Atuação em dois níveis : 1)- Intervenção específica 2)- Intervenção global

Teoria do Aprendizado Social – Albert Bandura - Comportamentos são aprendidos e este aprendizado pode ser influenciado por fatores biológicos, genéticos e psicossociais.

Teoria do Aprendizado Social do Uso e da Dependência do Álcool - 4 princípios gerais :

1)- modelagem
2)- reforçadores
3)- estímulo ambiental
4)- auto-eficácia

Modelo Cognitivo-comportamental da Recaída


O que é e como lidar ?

Situação de risco : fator interno (psicológico) ou externo (ambiental)

- Três situações primárias :

1)- estados emocionais negativos
2)- conflitos interpessoais
3)- pressão social

- Auto-monitoramento - Avaliação comportamental
- Fantasias de recaídas / Casos passados

Resposta de enfrentamento

- Dessensibilização sistemática - Treinamento de habilidades
- Ensaio de recaída - Relaxamento e manejo do estresse
Auto-eficácia / Expectativa de resultado positivo : Problema da Gratificação Imediata (Marlatt)
imediato x longo prazo (Matriz de Decisões)


Conseqüência Imediata
Conseqüências Tardias
Positivas
Negativas
Positivas
Negativas
Manter abstinência
↑ Auto-eficácia
↑ Aprovação social
↑ Estado clínico
↑ Financeiro
↓ Gratificação
↑ Desconforto
↑ Raiva, frustração

↑ Aprovação social
↑ Auto-controle
↑ Financeiro
↓ Doenças
↓ Gratificação (cada vez menos intensa)
Retomar Uso
↑ Gratificação
↓ Desconforto

↑ Culpa
↓ Auto-controle
↓ Aprovação social
↓ Estado clínico
↑ Gratificação continuada (?)
↑ Doenças
↓ Auto-controle
↓ Financeiro
↓ Aprovação social contínua

Lapso (uso inicial)

Parar, olhar, escutar - Manter calma - Renovar comprometimento - Rever situação - Planejar retomada da recuperação - Pedir ajuda

Efeito da Violação de Abstinência (EVA)

Reestruturação cognitiva – Reatribuir significados

Dependência de vários fatores : força do compromisso, esforço despendido, duração da abstinência, rede de apoio, percepção do lapso como opção voluntária.

Algumas considerações :

Tratamento efetivo é diferente de adesão ao tratamento - Internação voluntária ? - Falsa crença de que paciente “não consegue” ficar sem o uso da droga.

Deve-se buscar a adesão do paciente ao tratamento desenvolvendo estratégias motivacionais

“Entrevista Motivacional é uma abordagem diretiva centrada no cliente para dar início à mudança de comportamento ajudando-o a resolver a ambivalência” - Dr William Miller

Oferecer orientação - Remoção de barreiras - Proporcionar escolhas - Diminuir o aspecto desejável do comportamento adictivo - Praticar empatia - Proporcionar feedback - Esclarecer objetivos - Ajudar ativamente

Além disso : 1) expressar empatia - 2) desenvolver a discrepância - 3) evitar a argumentação
4) acompanhar a resistência - 5) promover a auto-eficácia.

Espiral da Recuperação :
Programação de 12 Passos e Reformulação Comportamental

Abstinência
Auto-conhecimento
Prática de valores espirituais
Nova maneira de viver

Os Doze Passos de A.A. e N.A.

1º. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

2º. Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

3º. Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

4º. Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

5º. Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

6º. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

7º. Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

8º. Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

9º. Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando faze-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

10º. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

11º. Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação
a nós, e o poder de realizar essa vontade.

12º. Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.




Claudio Barata
Conselheiro em Dep. Química

Rio, Set/2007

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